Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 1° Trimestre de 2025
Em Defesa da Fé Cristã - Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência
Lição 2: Somos Cristãos
12 de janeiro de 2025
DEVOCIONAL DIÁRIO
Leitura diária - Domingo
Somos Cristãos (Atos 15.19)
“Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus.” (Atos 15.19)
Domingo, 12 de janeiro de 2025
Em uma vila tranquila, uma velha ponte de pedra atravessava um rio límpido. Durante décadas, a ponte foi o único caminho para atravessar. Quando uma nova e moderna ponte foi construída ao lado, muitos hesitaram em usá-la. Alguns, por apego à tradição, continuaram insistindo na antiga, mesmo quando a estrutura começou a ruir. Outros compreenderam que a nova ponte era mais segura e eficaz, mas o processo de transição trouxe confusão e resistência.
Assim foi a jornada dos primeiros cristãos. O Cristianismo nasceu no coração do Judaísmo, mas seu propósito sempre foi transcender a Lei e revelar a plenitude da graça. Cristo veio como a ponte definitiva, oferecendo um caminho para Deus que não dependia mais de ritos e regras, mas de um relacionamento vivo e pessoal com o Salvador ressuscitado.
Nos primeiros dias da Igreja, muitos cristãos judeus encontraram dificuldade em abandonar as práticas da Lei de Moisés. O apego às tradições parecia ser uma garantia de segurança espiritual. Havia aqueles que acreditavam que os gentios só poderiam ser salvos se seguissem os costumes judaicos. Essa tensão culminou no Concílio de Jerusalém, onde os apóstolos e anciãos precisaram buscar sabedoria divina para definir os limites entre o Judaísmo e o Cristianismo.
A decisão foi clara: o Evangelho da graça não exigia o fardo da Lei. A salvação é dom de Deus, recebido pela fé em Cristo, sem necessidade de complementos. A velha ponte, com seus ritos e tradições, não podia mais suportar o peso da graça que agora brilhava no mundo.
Ainda hoje, enfrentamos a tentação de transformar o Evangelho em uma lista de regras ou performances. Muitos pregadores enfatizam práticas externas como indicadores de espiritualidade, esquecendo-se de que a verdadeira transformação começa no coração. Outros confundem o Evangelho com moralismo ou tradições culturais, criando um fardo que Jesus nunca colocou sobre nós.
Há também aqueles que promovem “outro evangelho” — mensagens que distorcem a simplicidade da graça e desviam o foco de Cristo. Essas pregações oferecem atalhos espirituais, barganhas com Deus ou promessas vazias de prosperidade, desviando os incautos da verdade. Assim como nos dias dos apóstolos, a Igreja precisa discernir e rejeitar esses desvios.
Para permanecermos firmes, precisamos voltar às bases do Evangelho:
- A salvação vem somente pela fé em Cristo. Não é uma conquista humana, mas um presente imerecido de Deus.
- A obra de Cristo é completa e suficiente. Nenhum rito ou tradição pode adicionar algo ao que Ele já realizou na cruz.
- O Espírito Santo é quem transforma vidas, capacitando-nos a viver em liberdade, e não em escravidão espiritual.
Essas verdades são a essência do Cristianismo. Sem elas, perdemos nossa identidade como cristãos e nos tornamos apenas mais uma religião. O ponto de vista pentecostal ressalta que é pelo Espírito que discernimos a verdade, rejeitamos o erro e vivemos em poder e santidade.
Assim como a velha ponte da vila, os sistemas humanos nunca foram capazes de carregar o peso da eternidade. Apenas Cristo, a nova ponte, oferece o caminho seguro para Deus. No entanto, precisamos lembrar que há forças que tentam enfraquecer essa verdade, desviando o coração dos crentes. Nossa responsabilidade é nos agarrarmos à Palavra de Deus, permitindo que o Espírito Santo nos guie em toda a verdade.
Que possamos refletir sobre a pregação que ouvimos e o Evangelho que vivemos. Estamos apontando para Cristo como o único caminho, ou adicionando barreiras e fardos desnecessários? Estamos sendo fiéis à doutrina bíblica, ou permitindo que as vozes do mundo diluam nossa fé?
O Cristianismo não é um ritual. É uma caminhada diária com Cristo, alimentada por Sua graça, sustentada por Sua Palavra e guiada pelo Espírito. Que, como a Igreja primitiva, possamos buscar sabedoria divina para discernir a verdade, preservar a unidade e rejeitar tudo que desvia nossa fé do Evangelho puro e simples.
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