Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 1° Trimestre de 2025
Em Defesa da Fé Cristã - Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência
Lição 2: Somos Cristãos
12 de janeiro de 2025
DEVOCIONAL DIÁRIO
Leitura diária - Quarta-feira
Os judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei de Moisés (Atos 5.1,5)
“Então alguns que tinham descido da Judeia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos... Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era necessário circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.” (Atos 5.1,5)
Quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
Uma jovem, ao herdar um velho baú de família, encontrou dentro dele um vestido branco bordado à mão. Fascinada pela delicadeza do trabalho, ela decidiu usar o vestido em um evento especial. Mas, ao experimentá-lo, percebeu que ele estava cheio de manchas amareladas e desgastes do tempo. Determinada a restaurar a peça, lavou-a repetidamente, usou alvejantes e tentou remendos, mas tudo foi em vão. O vestido, originalmente belo, não poderia ser restaurado às custas de simples esforços humanos. Assim, ela decidiu costurar um novo vestido, tão lindo quanto o anterior, mas agora sem defeitos.
Essa ilustração reflete a essência do dilema enfrentado pela igreja primitiva no concílio de Jerusalém, descrito em Atos 15. A tentativa dos judaizantes de impor a Lei de Moisés como condição para a salvação era como insistir em remendar o velho vestido da Lei com os tecidos da nova aliança. Mas Jesus trouxe algo novo e perfeito: a salvação pela graça, acessível a todos os que creem.
Os judaizantes tinham uma boa intenção à primeira vista: preservar as tradições que lhes eram caras. No entanto, ao tentarem impor a circuncisão e outras práticas mosaicas aos gentios convertidos, estavam reduzindo a mensagem da cruz a um simples complemento da Lei. Esse pensamento minava a essência do cristianismo.
O evangelho de Cristo é libertador. Ele não é um fardo pesado que exige uma lista interminável de regras, mas um convite para entrar no descanso da graça. Contudo, os judaizantes tentavam transformar essa liberdade em escravidão, como se as boas novas fossem insuficientes sem o cumprimento da Lei.
Na perspectiva pentecostal, a graça de Deus é vivida de forma dinâmica, não apenas como um conceito teológico, mas como uma experiência poderosa. Não fomos salvos para sermos aprisionados por regras, mas para vivermos em liberdade no Espírito. O mesmo Espírito que nos convence do pecado também nos capacita a viver em santidade, não por imposição da Lei, mas pelo poder da graça que transforma.
Os apóstolos compreenderam isso profundamente. Ao se reunirem no concílio de Jerusalém, ouviram relatos dos sinais e maravilhas realizados entre os gentios. Essas manifestações evidenciavam que Deus já havia aceitado aqueles crentes, não por obras da Lei, mas pela fé no sacrifício de Jesus.
A graça é como o novo vestido da jovem da nossa história. É uma dádiva imaculada, dada a nós não porque a merecemos, mas porque Deus é bom. Não podemos ganhá-la por nossos esforços, nem aprimorá-la com nossos feitos. Ela é suficiente, completa e eterna.
A imposição da Lei como condição para a salvação é como tentar remendar uma veste velha com pedaços de tecido novo. Ao final, ambos se perdem. Jesus veio inaugurar um novo tempo, onde a fé substitui o esforço humano e a cruz é o único caminho para a salvação.
Como cristãos, somos chamados a abraçar a liberdade que Cristo nos oferece. Isso não significa viver de forma irresponsável, mas sim compreender que nossa obediência a Deus flui do amor e da gratidão, não da obrigação legalista.
Quando compreendemos que a graça nos alcançou, o peso do "fazer" é substituído pela alegria do "ser". Somos filhos amados de Deus, redimidos por meio de Jesus, e nada que façamos pode acrescentar ou diminuir o valor do sacrifício perfeito d’Ele.
A graça não é um remendo; é um novo começo. O vestido branco que nos veste hoje não é obra das nossas mãos, mas um presente costurado com o fio escarlate do sangue de Cristo.
Deixe que sua vida reflita a liberdade da graça. Não permita que o peso do legalismo obscureça a leveza do evangelho. Como a jovem que abandonou o vestido manchado para vestir algo novo, abrace a plenitude da nova aliança. Viva como quem foi resgatado, não por méritos, mas por um amor imensurável e eterno.
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