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O costume do casamento conforme a Lei

Atualizado: 22 de jul.

Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 3° Trimestre de 2024

O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família - Os Ensinamentos Divinos nos Livros de Rute e Ester para a Nossa Geração

Lição 4: O Encontro de Rute com Boaz

28 de julho de 2024


DEVOCIONAL DIÁRIO

Leitura diária - Segunda-feira

O costume do casamento conforme a Lei (Gênesis 38.6-11; Deuteronômio 25.5-10)

 

“Judá, pois, tomou uma mulher para Er, o seu primogênito; e o seu nome era Tamar. Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, pelo que o Senhor o matou. Então, disse Judá a Onã: Entra à mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita semente a teu irmão. Onã, porém, soube que essa semente não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando entrava à mulher de seu irmão, derramava-a na terra, para não dar semente a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou. Então, disse Judá a Tamar, sua nora: Fica-te viúva na casa de teu pai, até que Selá, meu filho, seja grande. Porquanto disse: Para que, porventura, não morra também este, como seus irmãos. Assim, foi-se Tamar e ficou-se na casa de seu pai.” (Gênesis 38.6-11)

 

“Quando alguns irmãos morarem juntos, e algum deles morrer e não tiver filho, então, a mulher do defunto não se casará com homem estranho de fora; seu cunhado entrará a ela, e a tomará por mulher, e fará a obrigação de cunhado para com ela. E será que o primogênito que ela der à luz estará em nome de seu irmão defunto, para que o seu nome se não apague em Israel. Porém, se o tal homem não quiser tomar sua cunhada, subirá, então, sua cunhada à porta dos anciãos e dirá: Meu cunhado recusa suscitar a seu irmão nome em Israel; não quer fazer para comigo o dever de cunhado. Então, os anciãos da sua cidade o chamarão e com ele falarão; e, se ele ficar nisto e disser: Não quero tomá-la; então, sua cunhada se chegará a ele aos olhos dos anciãos, e lhe descalçará o sapato do pé, e lhe cuspirá no rosto, e protestará, e dirá: Assim se fará ao homem que não edificar a casa de seu irmão; e o seu nome se chamará em Israel: A casa do descalçado.” (Deuteronômio 25.5-10)

 

Segunda-feira, 22 de julho de 2024

 



A história de Rute e Boaz é um exemplo brilhante da fidelidade e provisão de Deus, e nos oferece uma visão profunda sobre os costumes do casamento conforme a Lei de Moisés. Em Gênesis 38.6-11 e Deuteronômio 25.5-10, encontramos os fundamentos do levirato e do papel do resgatador, práticas essenciais na cultura israelita para proteger e prover as famílias em tempos de necessidade.

 

A expressão "da geração de Elimeleque" não nos permite saber exatamente o grau de parentesco entre Boaz e o marido de Noemi. No entanto, uma tradição rabínica sugere que Boaz poderia ser sobrinho de Elimeleque. Como parente próximo, Boaz tinha a possibilidade de ser o "goel", ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3). Esse papel de resgatador era duplo: ele não apenas compraria de volta as terras da família para garantir a continuidade do patrimônio familiar, mas também poderia cumprir o antigo costume do casamento levirato, que visava suscitar descendência para o falecido, casando-se com sua viúva.

 

Essa tradição de resgate e casamento tem suas raízes em passagens como Levítico 25.25-28, que descreve o resgate de terras, e Deuteronômio 25.5-10, que trata da lei do levirato. O levirato previa que o cunhado se casasse com a viúva para garantir a continuidade do nome do falecido e sua herança. Embora essas fossem práticas específicas, com o tempo, elas foram ampliadas para incluir outros parentes próximos, não apenas irmãos do falecido.

 

A história de Rute nos mostra a aplicação prática e misericordiosa dessas leis. Quando Noemi e Rute voltam para Belém, elas enfrentam uma situação de grande necessidade. Rute, em sua devoção e amor, decide ir aos campos colher espigas para sustentar a si e à sua sogra. Esse ato de amor sacrificial revela a profundidade de seu caráter e sua fé.

 

É aqui que Boaz entra em cena. Ele reconhece a necessidade de Rute e Noemi e, sendo um parente próximo, tem a capacidade de agir como seu resgatador. No entanto, há um parente ainda mais próximo que tem o primeiro direito de resgate. Boaz, sendo um homem justo e honrado, segue o processo correto, buscando primeiro a permissão do parente mais próximo antes de assumir a responsabilidade de resgatador.

 

Em uma ilustração cotidiana, imagine uma pequena comunidade onde todos se conhecem. Há uma família que, devido a circunstâncias imprevistas, perde sua fonte de sustento. Um parente próximo, sabendo da tradição e das responsabilidades que a comunidade valoriza, se aproxima para ajudar. Ele oferece suporte financeiro, ajuda com as tarefas diárias e faz o que pode para garantir que a família não apenas sobreviva, mas prospere. Sua ação não é motivada por ganho pessoal, mas por um profundo senso de dever e amor pela família.

 

Boaz, como esse parente amoroso, demonstra um amor prático e fiel. Ele não apenas resgata a terra de Noemi, mas também assume a responsabilidade de casar-se com Rute, garantindo que o nome do falecido continue e que a herança familiar seja preservada. Esse ato de amor e sacrifício é um reflexo direto do caráter de Deus, que provê para os necessitados e protege os vulneráveis.

 

Como cristãos, somos chamados a amar uns aos outros sem exigir nada em troca. A história de Rute e Boaz nos ensina sobre a importância da fidelidade, da responsabilidade e do amor sacrificial. Assim como Boaz, somos chamados a ser resgatadores em nossas próprias comunidades, estendendo a mão para ajudar aqueles em necessidade e garantindo que o amor de Deus seja manifestado através de nossas ações.

 

Em um mundo que muitas vezes valoriza o individualismo e o ganho pessoal, a história de Rute e Boaz nos desafia a viver de acordo com os princípios divinos de amor, sacrifício e fidelidade. Que possamos, como Boaz, ser instrumentos de resgate e redenção em nossas comunidades, refletindo o amor e a graça de Deus em tudo o que fazemos.

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