Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 1° Trimestre de 2025
Em Defesa da Fé Cristã - Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência
Lição 3: A Encarnação do Verbo
19 de janeiro de 2025
DEVOCIONAL DIÁRIO
Leitura diária - Quinta-feira
Jesus se fez semelhante aos homens (Filipenses 2.5-8)
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.” (Filipenses 2.5-8)
Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Imagine um escultor de renome mundial, famoso por criar obras que capturam a essência mais profunda da humanidade. Ele é perfeito em sua arte, seu trabalho não tem falhas, e sua posição é incomparável. Agora, pense nesse mesmo escultor escolhendo descer do pedestal de sua glória, não para criar uma nova obra, mas para tornar-se uma das figuras que ele mesmo moldou. Ele não apenas observa a fragilidade da argila; ele se torna argila, vivendo em meio às suas rachaduras e limitações.
Foi isso que Jesus fez. Ele deixou o céu, onde era adorado pelos anjos, e entrou no barro da humanidade. Mas ele não veio como um rei exaltado, cercado por esplendor; em vez disso, veio como um servo, nascendo em um estábulo humilde, crescendo entre os comuns, e vivendo uma vida sem privilégios.
A palavra “semelhante” carrega um peso profundo. Ela fala de proximidade, de identificação, de um amor tão grande que escolheu se aproximar até o ponto de compartilhar a dor, o riso e até mesmo as lágrimas de quem Ele veio salvar. Jesus não veio como um estranho distante; Ele veio como alguém que entende.
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COMENTARISTA DO 1º TRIMESTRE LIÇÕES BÍBLICAS ADULTOS CPAD:
Pense em uma mãe que, ao ver seu filho com febre, segura-o em seus braços, cantando suavemente enquanto sente sua dor no fundo de sua alma. Jesus, sendo Deus, poderia ter resgatado a humanidade de longe, com uma palavra poderosa. Mas Ele escolheu um caminho mais próximo e mais doloroso: Ele se fez como nós. Ele experimentou a fome, o cansaço, o abandono, e, finalmente, a cruz.
O termo “aniquilou-se a si mesmo” ecoa como um mistério insondável. Como o Criador dos céus e da terra pode se esvaziar e assumir a forma de criatura? No entanto, isso não foi uma perda; foi uma expressão do mais puro amor. Cristo escondeu sua glória para que pudéssemos conhecer a face de Deus de uma maneira que a humanidade jamais poderia imaginar.
Ele não perdeu sua divindade. Ele continuou sendo Deus em essência, mas limitou-se voluntariamente para experimentar nossas fraquezas. E por que fez isso? Porque, onde falhamos, Ele precisava triunfar. A lei, perfeita como era, mostrava nosso pecado, mas não podia nos salvar. Foi preciso que o Filho, na forma de homem, cumprisse o que nenhum outro poderia fazer: viver uma vida sem pecado e oferecer-se como sacrifício perfeito.
Quando olhamos para Cristo, vemos o contraste entre sua glória eterna e sua humildade terrena. Ele aceitou limitações para nos libertar das nossas. Ele viveu como um de nós para que pudéssemos viver eternamente com Ele.
Imagine agora um campo de batalha. A humanidade inteira está presa em uma trincheira, cercada por inimigos. Não há saída, não há esperança. Então, um herói surge, mas ele não permanece à distância, enviando ordens ou armas. Ele entra na trincheira, luta ao nosso lado e, finalmente, entrega sua própria vida para garantir nossa vitória.
Essa é a essência da encarnação de Jesus. Ele não apenas se fez semelhante aos homens; Ele compartilhou nossa condição, carregou nossas culpas e nos deu o que jamais poderíamos alcançar sozinhos: a vitória sobre o pecado e a morte.
E agora, quando enfrentamos nossos próprios momentos de fraqueza, não estamos sozinhos. Ele sabe o que é sentir o peso da vida, porque Ele mesmo o carregou. Ele nos lembra que nossa esperança não está em nossa força, mas na força daquele que escolheu descer, tornar-se um de nós e, por fim, nos elevar com Ele.
Em Jesus, temos um Salvador que não apenas nos entende, mas nos resgatou ao preço mais alto. Seu sacrifício nos convida a confiar, descansar e nos maravilhar com o amor insondável que o fez descer para nos alcançar. Que possamos, hoje e sempre, responder a esse amor com gratidão e obediência, vivendo para refletir a glória daquele que se fez semelhante a nós para nos tornar semelhantes a Ele.
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