Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 1° Trimestre de 2025
Em Defesa da Fé Cristã - Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência
Lição 3: A Encarnação do Verbo
19 de janeiro de 2025
DEVOCIONAL DIÁRIO
Leitura diária - Domingo
A Encarnação do Verbo (João 1.14)
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1.14)
Domingo, 19 de janeiro de 2025
Na simplicidade de uma tarde chuvosa, uma criança estendeu as mãos para fora da janela, tentando tocar as gotas que desciam do céu. “Por que a chuva vem do alto?”, ela perguntou à mãe. Com um sorriso, a mãe respondeu: “Porque o céu deseja tocar a terra.” Assim como a chuva que desce para saciar o solo, Deus desceu para habitar entre nós. Ele veio, não como uma ideia abstrata ou distante, mas em carne e osso, caminhando em nossa poeira, sentindo nossas dores, vivendo em nossa realidade.
Quando João diz que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”, ele pinta o quadro mais extraordinário da fé cristã: o Deus eterno, Criador do universo, vestiu-se de humanidade. A palavra grega para "habitou" traz a ideia de armar uma tenda, de estabelecer morada. Deus não fez uma visita breve; Ele veio para ficar.
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COMENTARISTA DO 1º TRIMESTRE LIÇÕES BÍBLICAS ADULTOS CPAD:
Jesus não foi uma figura mítica, nem uma visão espiritual. Ele foi visto, ouvido e tocado. Os apóstolos, como João, testemunharam de perto Sua humanidade. Eles viram Seu sorriso, ouviram Sua voz e até sentiram Suas mãos cicatrizadas. Esses homens, ao longo de suas vidas, enfrentaram perseguições e até a morte para defender a verdade sobre a humanidade e a divindade de Cristo.
Mesmo assim, desde o início, surgiram aqueles que tentaram negar essa verdade. Na Igreja Primitiva, heresias como o docetismo afirmavam que Jesus não tinha realmente um corpo físico, mas que Sua aparência humana era apenas uma ilusão. Tais ideias buscavam desconstruir o fundamento da fé cristã, negando que o próprio Deus escolheu encarnar-se.
Hoje, essas heresias se vestem de novas roupagens, mas os ataques continuam. Há movimentos que negam tanto a humanidade quanto a divindade de Cristo. Grupos religiosos, como algumas seitas e filosofias contemporâneas, apresentam Jesus apenas como um grande mestre moral ou um profeta iluminado, negando Seu papel como o Deus encarnado.
Outros, influenciados por correntes espirituais modernas, argumentam que Jesus foi apenas uma energia cósmica ou um avatar espiritual. Essas ideias tentam moldar Cristo em conceitos abstratos, distantes da verdade revelada na Palavra. Ao negar Sua corporeidade, negam também o sacrifício na cruz, essencial para a redenção da humanidade.
Esses movimentos heréticos visam não apenas distorcer a verdade, mas minar a autoridade das Escrituras e enfraquecer a fé dos cristãos. Quando negam a humanidade de Cristo, desvalorizam Sua identificação com nossas dores e limitações. Quando negam Sua divindade, retiram o poder do Evangelho, reduzindo Jesus a um homem comum, incapaz de salvar.
Por isso, é essencial que a Igreja de hoje, assim como a Igreja do passado, permaneça firme no compromisso de reafirmar a verdade. Não podemos confrontar o erro sem conhecê-lo. É nosso dever discernir as estratégias desses ataques e equipar-nos com o conhecimento das Escrituras.
A Encarnação não foi um gesto simbólico; foi um ato divino de amor. Jesus veio para nos redimir, assumindo um corpo humano, pois o pecado entrou no mundo por meio de um homem, e somente outro homem — perfeito e sem pecado — poderia vencê-lo. Sua humanidade não é uma fraqueza, mas um lembrete de que Ele entende nossas dores. Sua divindade não é um mistério distante, mas uma garantia de que Ele tem poder para nos salvar.
Enquanto a chuva desce para tocar a terra, Jesus desceu para tocar nossos corações. Ele veio em carne para nos mostrar que Deus não é um conceito inalcançável, mas um Pai que deseja estar perto de Seus filhos.
Como Igreja, somos chamados a defender essa verdade. Que cada testemunho, cada pregação e cada ato de amor reflitam a certeza de que o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Que nossos corações sejam sempre um lugar onde essa verdade viva e floresça, como o solo saciado pela chuva do Céu.
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